Urucu, ou urucum, é o fruto do urucuzeiro ou urucueiro.
Arvoreta da família das bixáceas, nativa na América
tropical, que chega a atingir altura de até seis metros.
Apresenta grandes folhas de cor verde-claro e flores rosadas
com muitos estames.
Seus frutos são cápsulas armadas por espinhos maleáveis, que
se tornam vermelhas quando ficam maduras.
Então se abrem e revelam pequenas sementes dispostas em
série, de trinta a cinquenta por fruto, envoltas em arilo também vermelho.
"Urucu" e "urucum" originam-se do tupi
transliterado uru'ku, que significa "vermelho", numa referência à cor
de seus frutos e sementes.
O urucu é utilizado tradicionalmente pelos índios
brasileiros (juntamente com o jenipapo, de coloração preta) e peruanos, como
fonte de matéria prima para tinturas vermelhas.
Usadas pelos índios para os mais diversos fins, entre eles,
protetor da pele contra o sol e contra picadas de insetos.
Há também o simbolismo de agradecimento aos deuses pelas
colheitas, pesca ou saúde do povo.
No Brasil, a tintura de urucu em pó é conhecida como colorau
e usada na culinária para realçar a cor dos alimentos.
Esta espécie vegetal ainda é cultivada por suas belas flores
e frutos atrativos.
Ao passar urucu na pele, ele penetra nos poros e, ao longo
do tempo, a pele passa a ter uma tonalidade avermelhada constante e definitiva.
Isso acontece, pois os poros se entopem de urucu e não conseguem mais
eliminá-lo.
Um produtivo nativo das América, que foi levado para Europa
desde o século XVII, é mundialmente empregado como corante de diversos fins,
principalmente na indústria alimentícia. Com o banimento do uso de corantes
alimentícios artificiais na União Européia, por prováveis efeitos cancerígenos,
por exemplo, a anilina, é intensamente importada da América tropical e África,
além de quase não ter sabor.
Na culinária: como condimento e também colorante, emprega-se
sob a forma de pó obtido por trituração das sementes, usualmente misturadas a
certo teor de outros grãos também triturados, devido ao arilo que envolve as
sementes, que fornece matéria corante vermelha característica, como na casca
dos queijos: leyden, queijo-do-reino e outros.
É apreciado pela quase ausência de sabor e por não
apresentar os efeitos prejudiciais dos corantes artificiais.
Na cosmética: empregam-no os ameríndios tropicais no preparo
de tinturas para pintar o corpo, com a finalidade de proteção contra o rigor do
sol (radiação ultravioleta).
Na medicina: como medicamento fitoterápico, é dotado de
inúmeras características e propriedades bioquímicas, que lhe dão aplicação em
vasta gama de casos.
As sementes do urucu contêm celulose (40 a 45%), açúcares (3,5 a 5,2%), óleo essencial
(0,3% a 0,9%), óleo fixo (3%), pigmentos (4,5 a 5,5%), proteínas (13 a 16%), alfa e
beta-carotenos e outros constituintes.
Possuem, também, dois tipos de pigmentos:
A bixina, de cor vermelha e solúvel em óleo;
A orelhena, de cor amarela e solúvel em água.
Para informação nutricional, 100 g de semente de urucu
contêm:
• Cálcio 07,00 mg
• Ferro
00,80 mg
• Fósforo
10,00 mg
• Vitamina A 15,00
µg
• Vitamina B1
• Vitamina B2 00,05
mg
• Vitamina B3 0,03
mg
• Vitamina C 2,00
mg
Ainda não temos uma pesquisa feita, sobre os efeitos e benefícios
do uso do urucum. Mais espero que breve. Possamos estar com mais uma fonte de
pesquisa.
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