sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A cor dos Índios.


Urucu, ou urucum, é o fruto do urucuzeiro ou urucueiro.
Arvoreta da família das bixáceas, nativa na América tropical, que chega a atingir altura de até seis metros.

Apresenta grandes folhas de cor verde-claro e flores rosadas com muitos estames.
Seus frutos são cápsulas armadas por espinhos maleáveis, que se tornam vermelhas quando ficam maduras.
Então se abrem e revelam pequenas sementes dispostas em série, de trinta a cinquenta por fruto, envoltas em arilo também vermelho.


"Urucu" e "urucum" originam-se do tupi transliterado uru'ku, que significa "vermelho", numa referência à cor de seus frutos e sementes.

O urucu é utilizado tradicionalmente pelos índios brasileiros (juntamente com o jenipapo, de coloração preta) e peruanos, como fonte de matéria prima para tinturas vermelhas.

Usadas pelos índios para os mais diversos fins, entre eles, protetor da pele contra o sol e contra picadas de insetos.
Há também o simbolismo de agradecimento aos deuses pelas colheitas, pesca ou saúde do povo.

No Brasil, a tintura de urucu em pó é conhecida como colorau e usada na culinária para realçar a cor dos alimentos. 


Esta espécie vegetal ainda é cultivada por suas belas flores e frutos atrativos.
Ao passar urucu na pele, ele penetra nos poros e, ao longo do tempo, a pele passa a ter uma tonalidade avermelhada constante e definitiva. Isso acontece, pois os poros se entopem de urucu e não conseguem mais eliminá-lo.

Um produtivo nativo das América, que foi levado para Europa desde o século XVII, é mundialmente empregado como corante de diversos fins, principalmente na indústria alimentícia. Com o banimento do uso de corantes alimentícios artificiais na União Européia, por prováveis efeitos cancerígenos, por exemplo, a anilina, é intensamente importada da América tropical e África, além de quase não ter sabor.

Na culinária: como condimento e também colorante, emprega-se sob a forma de pó obtido por trituração das sementes, usualmente misturadas a certo teor de outros grãos também triturados, devido ao arilo que envolve as sementes, que fornece matéria corante vermelha característica, como na casca dos queijos: leyden, queijo-do-reino e outros. 




É apreciado pela quase ausência de sabor e por não apresentar os efeitos prejudiciais dos corantes artificiais.

Na cosmética: empregam-no os ameríndios tropicais no preparo de tinturas para pintar o corpo, com a finalidade de proteção contra o rigor do sol (radiação ultravioleta).

Na medicina: como medicamento fitoterápico, é dotado de inúmeras características e propriedades bioquímicas, que lhe dão aplicação em vasta gama de casos.

As sementes do urucu contêm celulose (40 a 45%), açúcares (3,5 a 5,2%), óleo essencial (0,3% a 0,9%), óleo fixo (3%), pigmentos (4,5 a 5,5%), proteínas (13 a 16%), alfa e beta-carotenos e outros constituintes.

Possuem, também, dois tipos de pigmentos:
A bixina, de cor vermelha e solúvel em óleo;
A orelhena, de cor amarela e solúvel em água.
Para informação nutricional, 100 g de semente de urucu contêm:
•          Cálcio                07,00 mg
•          Ferro                 00,80 mg
•          Fósforo              10,00 mg
•          Vitamina A         15,00 µg
•          Vitamina B1
•          Vitamina B2       00,05 mg
•          Vitamina B3       0,03 mg
•          Vitamina C         2,00 mg


Ainda não temos uma pesquisa feita, sobre os efeitos e benefícios do uso do urucum. Mais espero que breve. Possamos estar com mais uma fonte de pesquisa.






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